segunda-feira, 19 de abril de 2010

Homem: ser necessário



Na história do itinerário: “Caminho do amor”, percebemos que as
pessoas, por mais desejo que tenham de ser santas, de perdoar, de ser
pacientes, de ser tolerantes e de ter autodomínio, muitas vezes,  têm
dificuldade de se sentir amadas por Deus.  Percebemos as feridas da
humanidade. Assim, falamos para que cada pessoa escrevesse a sua
história de vida. Mas, isso não bastava para viver em Deus, pois, o
autoconhecimento estava faltando para a humanidade. 


Nossa
equipe de Fortaleza (CE) pensou em um modo de fazer as pessoas se
descobrirem e se colocarem em oração. Não se iluda machando que estes
dias irão trazer a você o autoconhecimento, pois quem o conhece é Deus,
Ele o faz se conhecer. 


O homem é um ser necessitado, Santa
Teresa Benedita da Cruz nos diz que é mais fácil deixar se pregar com
Cristo na cruz do que se tornar, com Ele, uma criancinha balbuciante.
Achamos que somos senhores da vida e da morte. Hoje, a figura do homem
e da mulher ideal é a aquela pessoa que não erra, que não precisa de
ninguém: é o autossuficiente. Como se diz aqui no Brasil: “O nariz
empinado”. 


Vim do Chile, que vem sofrendo muitos terremotos.
Nos dias em que estive lá, fiquei olhando aquele povo organizado e
rico. Você não vê uma folha seca no chão, não vê mendigos,
necessitados. Mas vê um povo inteiro dizendo: "Não tem problema, iremos
construir um novo país!". Nesse encontro eles perceberam que Deus não
os estava castigando com os terremotos, mas sim lhes dizendo: "Eu sou o
Deus Todo-poderoso".


"Eu tenho que ser sucesso, ser admirado,
ser venerado" é a mentalidade atual. Se você está rezando para que
alguém mude, saiba que quem precisa mudar é você. Temos dificuldade de
enxergar o nada que somos, tirados do pó; o homem é um ser limitado. 


Alguém
vai morrer? Eu não! Irei viver eternamente! As pessoas que vivem em
Jesus Cristo viverão eternamente. Se você não gosta de si próprio, terá
de viver mesmo assim na eternidade. Somos limitados no que vemos,
porém, o Senhor Jesus, com Sua cruz, nos liberta e nos salva para a
vida eterna.


Nossos limites não estão não só no corpo, mas na
inteligência. Não sabemos todas as línguas, somos limitados na
inteligência, na percepção, no metabolismo, nas nossas razões e nas
conclusões. Somos maravilhosamente limitados e precisamos aceitar isso, pois só Deus é Deus.
Agradeça ao Senhor por ser fraco, limitado, por não ser Deus, por ter
limites e ter a sabedoria de viver de acordo com eles. Eu não sou um
super-homem, uma supermulher e a minha preocupação nesta vida é estar
com Deus. 


Os antropólogos fazem listas sobre a maior das
necessidades do homem: Alguns dizem que é a liberdade; outros que é a
água; alguns que é a comida e outros que é a pertença. Destas quatro,
qual é a maior necessidade do homem?


Fizeram uma experiência
com algumas mulheres de Ruanda, muitas mães foram tiradas de seus
filhos. Todos estavam em meio à guerra, escolheram algumas mulheres
para dar três refeições por dia. E perguntaram a elas: “Vocês preferem
escolher os filhos de volta ou fazer as três refeições?” As mulheres se
reuniram e resolveram que deveriam dar a comida aos filhos.




Muitas experiências têm mostrado que a maior necessidade deste homem
limitado e fraco, de acordo com pesquisas antropológicas, é amar e não
ser amado. Os teólogos dizem: É ser amado por Deus e amá-Lo em
retribuição aos irmãos (cf. João15, 13). Este homem que se acha "o
máximo", que é profundamente limitado e não consegue ver o seu limite,
pois foi criado como super-homem, até descobrir que o amor de Deus é
amar.


Encontrei o amor de Deus três vezes: Quando fiz o
Cursinho da Cristandade e pouco tempo depois no batismo do Espírito
Santo, mas, nenhuma foi capaz de me transformar tanto quando cheguei
diante do Senhor e disse: "Olha, Senhor, como sou incapaz de fazer
coisas sozinha... Incapaz de ajudar a Comunidade Shalom. Olha meu
pecado". O Senhor, naquele momento, me deu uma certeza profunda do Seu
amor por mim. Nunca me senti tão amada por Deus quando me senti fraca,
limitada, sem saúde... Dessa forma, senti a Misericórdia Divina, que
age para nos libertar do pecado. Ele é misericordioso, pois não exige
que eu seja perfeita. 


Podemos dizer, a grosso modo, que existem três tipos de amor:


Primeiro:
É aquele que "ama por causa de". Um exemplo: "Estou apaixonada, ele é
inteligente, bonito... Quando completamos um ano de namoro, ele veio me
buscar com uma Ferrari para chegarmos até o jatinho particular. Fomos
para a Torre Eiffel, ainda sinto aquele gosto de vinho francês".


Segundo:
É aquele que "ama apesar de", ela descobriu o amor apesar do que a
pessoa é. "Estou apaixonada, ele é lindo, tem 1,20m, as canelas tortas,
de cabelo espetado, não tem um tostão, terminou a 5ª série, pois seu
pai era prefeito. Quando completamos um ano de namoro, ele me ligou do
telefone público, a cobrar, e disse: 'Meu bem! Já te pego, me espera na
calçada, vamos de bicicleta, mas ela não tem freio'. Ele me levou a uma
padaria, comprou um pão carioca e o dividiu, me deu uma caixinha com
chiclete azul, que mascamos no início do namoro. Ele o guardou no
congelador, o colocou na boca e depois me passou. Que lindo!". É aquele
amor que ocorre com pais de filhos deficientes, de marido alcoólatra,
de filho drogado.


Terceiro: Quando Jesus nos
diz para sermos perfeitos como o Pai é perfeito significa: tenham
entranhas de mãe, entranhas da misericórdia!  Vou contar-lhes uma
história real: "Uma senhora chamada Luiza estava em um encontro. Neste,
eu disse: "Quem aqui tem este amor de misericórdia? O amor do Deus, que
me amou enquanto pecador, na condição de pecador. Deus não ama você na
perfeição, Ele o ama no estado de pecador". Perguntei a ela: "Como você
ama?" Este amor que ama exatamente porque o outro precisa, como o amor
de Deus, que não espera nada em troca. Este amor é a maior necessidade
do homem, esse amor para o qual  todos fomos criados. Pois fomos
criados por Deus para ser amados. "Eu não vim para os justos, mas, para
os pecadores", afirma Jesus. 


Quem se acha "o máximo" é o "cão" [maligno], por isso foi jogado no inferno.




Luiza me contou: "Sou casada há 16 anos, quando tinha cinco meses de
casamento descobri que meu marido era diferente do que pensava.
Procurei um padre e este me disse que meu casamento era nulo. Falei ao
meu marido que nosso casamento era nulo, que entraríamos num processo
[requerendo a nulidade]. Mas, ele me disse: "Não me abandone! Não me
deixe! Você dá o sentido à minha vida". Ela ficou louca e fez um retiro
com um jesuíta durante três dias. No fim do encontro, ela declarou:
"Não posso deixar o meu marido". 


Agora vou mostrar a você um
amor evangélico, um recado: "Querida mamãe, agradeço pelos quinze anos
de vida, pois, através deste amor pude viver".


Esta primeira
história não dará certo, porque está buscando a satisfação momentânea;
com o passar do tempo aparecerão as rugas e ocorrerá o divórcio, por
ser totalmente humana. Na segunda história o fruto desse amor vai durar
um tempo, talvez a vida toda. Ela ficará angustiada, com depressão, é
um relacionamento humano e divino. A terceira é a eternidade, pois Deus
nos colocou aqui para amar o próximo; esse é o amor de Jesus na cruz.


Deus
nos diz quando dizemos que o outro não presta, que, na verdade, quem
não presta somos nós. Quando acho que o outro está errado, quem está
errado sou eu. Por isso não posso cantar "Você não presta, mas eu te
amo". Jesus, na  Eucaristia, nos diz: "Você não 'presta', mas eu te
amo", justamente porque você peca e é limitado Ele deu a vida por você.




Primeiro, todo homem é um ser limitado, só Deus é perfeito e
ilimitado. Ele não nos rejeita, nas nossas limitações, Ele veio para
nós, nos amou enquanto pecadores. Quando você se coloca diante de Jesus
queira enxergar o seu limite, seu pecado. Diga: "Senhor Jesus Cristo,
tem piedade de mim, isso porque sou pecador". 
de emmi nogueira

domingo, 18 de abril de 2010

viver pra mim é Cristo

Senhor, preciso te dizer que é impossivel me esquecer
Que não estou só nesta batalha entre o bem e o mal
A cada nova experiência, eu Te glorifico mais
Te ter é a maior diferença em mim

Se os bons combates eu não combater
Minha coroa não conquistarei
Se minha carreira eu não completar
De que vale a minha fé tanto guardar

Se perseguido aqui eu não for
Sinceramente um cristão não sou
A Tua glória quero conhecer
Ver a experiência de sobreviver...

Viver pra mim é Cristo, morrer pra mim é ganho
Não há outra questão, quando se é cristão
Não se para de lutar

Triunfarei sobre o mal, conquistarei troféus
Não há outra questão, quando se é cristão
Não se para de lutar até chegar ao céu

Se calarem o som da minha voz
Em silêncio estarei a orar
Se numa prisão me colocar
Eu vou Te adorar

Se minha família me trair
Eu vou sonhar com Deus
Viver seus planos isso é parte
De uma carreira de cristãos

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Não pecar contra a castidade: as consequências de uma sexualidade errada

O Catecismo da Igreja Católica (CIC) coloca a castidade como um dom, uma graça, uma obrigação. Castidade tem tudo a ver com a capacidade de dar-se.A pessoa que consegue ter um autodomínio de si, consegue dar-se ao outro

Eu percebo que todos nós pecamos muitas vezes contra castidade por termos aprendido assim na escola, em casa ou na televisão. Eu acredito que mesmo por pensamento, por atos ou omissões já pecamos contra a castidade. 

O encardido [inimigo de Deus] não conseguiria nos fazer pecar se ele não revestisse o pecado com algo gostoso. Ele usa isso como isca; somos como peixes, o pescador coloca a isca no anzol, o peixe vê, achando que é comida, vai comer e acaba sendo fisgado. Primeiro, o encardido nos seduz, depois ele nos leva a nos autocondenar. Para eu cometer um assassinato eu preciso ter uma arma, mas para eu cometer o pecado da castidade, eu não preciso de nada, somente do corpo. 

O Catecismo afirma que a sexualidade tem tudo a ver com a pessoa humana. A sexualidade no falar, no agir, de cortar o cabelo. Homem tem de mostrar que é homem na roupa que veste e vice-versa; mas, num capítulo, o Catecismo mostra as consequências de usarmos a nossa sexualidade de forma errada. 

Certa vez fui conhecer o quadro da Monalisa. Lá se paga uma fortuna, existem vários seguranças tomando conta da obra, mas, quando cheguei, me decepcionei, pois era um quadrinho de nada. Por que será que havia tantos guardas tomando conta daquela obra? Por causa do artista que a tinha feito. 

Sabe por que a Igreja briga tanto por você? Por causa do Artista que o criou, você é uma obra de arte muito preciosa

Para os casais e para os que estão prestes a se casar eu recomendo que leiam o meu livro: "Sede fecundos". Vocês precisam descobrir a beleza da castidade e do seu corpo. O objetivo do encardido, quando quer seduzir, é fazê-lo perder o autodomínio, e perdendo o autodomínio você não se valoriza. 

O corpo de uma pessoa que se prostitui caminha muito rápido para a deformação. A sexualidade é boa, é fonte de vida, é obra privilegiada das mãos de Deus, por isso temos de ter cuidado quando vestimos uma roupa, para não despertar no outro um olhar malicioso. 

Quando um homem e uma mulher se unem é o lugar mais parecido com o céu. 

A melhor e a mais bela reprodução da beleza da Santíssima Trindade se dá quando casais consagrados a Deus se unem num ato sexual. E a marca registrada do amor de Deus é o prazer e a alegria no corpo e na alma no ato sexual. 

O Catecismo apresenta no plural: os atos próprios pelos quais o homem e a mulher se dão, a relação íntima da mulher e do homem. Quando essa relação é isolada é mais apropriado chamá-la de prostituição. 

Precisamos cuidar do nosso corpo e do nosso órgão sexual. Hoje em dia os jovens não têm vergonha de nada, usam calças com cuecas aparecendo, calcinha aparecendo; isso quando não aparecem outras coisas. Você precisa a amar o seu corpo, foi Deus quem o fez. 

Nós precisamos combater o inimigo, principalmente porque ele se instala na sexualidade. E tudo porque a sexualidade é linda.