sábado, 10 de julho de 2010

Dez razões para viver a castidade no namoro

Dez razões para viver a castidade no namoro

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Favorece o crescimento amistoso entre o casal
1. A pureza ajuda a ter uma boa comunicação com seu (sua) namorado (a).

Quando um casal de namorados vive a abstinência sexual, sua comunicação é boa porque não se concentram somente no prazer, mas na alegria de compartilhar pontos de vista e experiências; além disso, suas conversas são mais profundas. Por outro lado, a intimidade física é uma forma fácil de se relacionar, mas ofusca outras formas de comunicação. É um modo de evitar o trabalho que supõe a verdadeira intimidade emocional, como falar de temas pessoais e profundos, além de conhecer as diferenças básicas que existem entre ambos.

2. Cresce o lado amistoso do relacionamento.

A proximidade física pode fazer com que os jovens pensem estar emocionalmente próximos, quando, na verdade, não o estão. Um relacionamento romântico consiste essencialmente em cultivar uma amizade e não há amizade sem diálogo e sem compartilhar interesses. A conversa cria laços de amizade e ajuda um a descobrir o outro, a conhecer seus defeitos e qualidades. Alguns jovens se deixam levar por paixões e, depois, quando se conhecem em profundidade, se desencantam. Muitas vezes, nem sequer chegam a se conhecer porque não foram amigos, somente namorados com direitos.

3. Existe um melhor relacionamento com os pais de ambas as famílias.

Quando o homem e a mulher se respeitam mutuamente, amadurece o carinho e melhora a amizade com os pais de ambos. Geralmente, os pais de família preferem que seus filhos solteiros vivam a continência sexual e se sentem mal quando sabem que eles estão sexualmente ativos, sem estar casados. Quando um casal sabe que deve esconder suas relações sexuais, cresce a culpa e o estresse. Os jovens que vivem a pureza se relacionam mais cordialmente com os próprios pais e com os pais do (a) namorado (a).

4. As relações sexuais têm o poder de unir duas pessoas com força e podem prolongar uma relação pouco sã, baseada na atração física ou na necessidade de segurança.

Uma pessoa pode se sentir "presa" a um relacionamento do qual gostaria de sair porque – no fundo – não o deseja, mas não sabe como fazer. Uma pessoa casta pode romper com maior facilidade o vínculo afetivo que o ata ao outro, pois não houve uma intimidade tão poderosa no aspecto físico.

5. Estimula a generosidade contra o egoísmo.

As relações sexuais durante o namoro convidam ao egoísmo e à própria satisfação, inclinam o casal a sentir-se em concorrência com outras pessoas que podem chamar a atenção do (a) namorado (a). Estimulam a insegurança e o egoísmo porque o fato de começar a entrar em intimidade convida a pedir mais e mais.

6. Há menos risco de abuso físico ou verbal.

O sexo, fora do casamento, pode se associar à violência e a outras formas de abuso. Por exemplo, há duas vezes mais ocorrência de agressão física entre casais que convivem sem compromisso do que entre pessoas casadas. Há menos ciúme e menos egoísmo nos casais de namorados que vivem a pureza do que naqueles que se deixam levar pelas paixões.

7. Aumenta o repertório de modos de demonstrar afeto.

Os namorados que vivem a abstinência encontram detalhes "novos" para demonstrar afeto e contam com iniciativas e ideias para passar bem e demonstrar mutuamente seu carinho. O namoro se fortalece e eles têm mais oportunidades de se conhecer no que diz respeito à personalidade, aos costumes e à maneira de manter um relacionamento.

8. Existem mais possibilidades de triunfar no casamento.

As pesquisas têm demonstrado que os casais que já viveram juntos têm mais possibilidades de se divorciar do que os que não fizeram essa experiência.

9. Se você decidir terminar o namoro, doerá menos.

Os laços criados pela atividade sexual, por natureza, vinculam fortemente o casal. Então, se houver uma ruptura, será mais intensa a dor produzida pela separação, devido aos vínculos estabelecidos. Quando não tiverem relações íntimas e decidirem se separar, o processo será menos doloroso.

10. Você se sentirá melhor como pessoa.

Os adolescentes sexualmente ativos frequentemente perdem a autoestima e admitem viver com culpas. Quando decidem deixar de lado a intimidade física e viver castamente, sentem-se como novos e crescem como pessoas. Além disso, melhoram seu potencial intelectual, artístico e social. Com o sexo não se deve jogar. Quando alguém o pressionar dizendo: "Só te peço sexo uma vez e não insistirei mais", uma boa resposta seria: "Isso é justamente o que me preocupa. Prefiro me conservar para alguém que vai me querer toda a minha vida". 

Ser humilde é ser santo

Ser humilde é ser santo

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Nossos méritos são graças de Deus
Para fazer a vontade de Deus é preciso, antes de tudo, ser humilde, "pobre de espírito" (anawin) como pediu Jesus. A Igreja, sempre iluminada e assistida pelo Espírito Santo, em sua experiência bimilenar, nos ensina que os piores pecados são aqueles chamados por ela de "capitais". "Capital" vem do latim "caput", que quer dizer "cabeça". São pecados "cabeças", isto é, que geram muitos outros. Por isso eles sempre mereceram, por parte da Igreja, uma atenção especial. São sete: soberba, ganância, luxúria, gula, ira, inveja e preguiça.
Houve um santo que disse que, se a cada ano, vencêssemos um desses sete pecados, ao fim de sete anos, seríamos santos. Portanto, vale a pena refletir sobre eles, a fim de rejeitá-los, com o auxílio da graça de Deus e de nossa vontade. O primeiro, e sem dúvida o pior de todos, é a soberba. É o pior porque foi exatamente o que levou os anjos maus a se rebelarem contra Deus, e levou Adão e Eva à desobediência mortal.
A soberba consiste na pessoa sentir-se como se fosse a geradora dos seus próprios bens materiais e espirituais. O soberbo se esquece de que é uma simples criatura, que saiu do nada pelo amor e chamado de Deus, e que, portanto, d'Ele depende em tudo. Como disse santa Catarina de Sena, esse pecado "rouba a glória de Deus", pois quer para si as homenagens e os aplausos que pertencem somente ao Senhor, já que Ele é o autor de toda graça.
A soberba é o oposto da humildade, palavra que vem de "humus", daquilo que se acha na terra, pó. O humilde é aquele que reconhece o seu "nada". Pela humildade e pela humilhação Jesus se tornou o "novo Adão" que salvou o mundo (cf. Rm 5,12s). A Santíssima Virgem Maria, a Mãe do Senhor, tornou-se a "nova Eva", como ensina a Igreja, porque na sua humildade destruiu os laços da soberba da primeira virgem. Ela disse: "Ele olhou para a humildade de sua serva" (Lc 1,39).
São João Batista também foi modelo dessa virtude [humildade] e nos ensinou a sua essência ao falar de Nosso Senhor Jesus Cristo:"Importa que Ele cresça e que eu diminua!" (Jo 3,30). Isso diz tudo. Quando Cristo iniciou a vida pública, João o apresentou para o povo: "Eis o Cordeiro de Deus" e desapareceu, até ser martirizado no cárcere de Herodes. Que lição de humildade! Também Nossa Senhora, sendo, "a Mãe do Senhor" (cf. Lc 2,43), fez-se "a escrava do Senhor" (cf. Lc 1,38).
Muitos cristãos são cheios de boas virtudes, mas, infelizmente, tornam-se "inchados", pensando infantilmente que essas boas virtudes são méritos próprios e não graças de Deus, para serviço dos outros.
Ser humilde é ser santo, é viver o oposto de tudo isso: é saber descer do pedestal, é não se autoadorar, é preferir fazer a vontade dos outros à própria, é ser silencioso, discreto, escondido, é fugir das pompas e dos aplausos.
Veja também: O desafio de permanecer na humildade

Por que ele não fala em casamento?

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Ninguém espera viver como namorado a vida toda
Muitas mulheres falam da dificuldade de encontrar um namorado; outras, por sua vez, mesmo namorando há algum tempo, reclamam da falta de compromisso do rapaz com relação ao futuro do relacionamento ou de que o namoro parece não progredir como gostariam. Medo e insegurança podem realmente rondar os pensamentos dos namorados, especialmente quando certas decisões dizem respeito a compromissos definitivos.
Assumir a responsabilidade do casamento pode causar frio na barriga de muitos ao imaginarem o futuro e as complexidades da vida a dois, o que exigirá do casal disposição recíproca em fazer de suas vidas um enxerto.
Ninguém espera viver – como namorado – por um tempo indeterminado. Mas há alguns detalhes que talvez possam facilitar a compreensão dos possíveis motivos que levam ao adiamento da tão esperada data e, por sua vez, eliminar as inseguranças quanto ao compromisso para o casamento. Todavia, muitos casais, independentemente da necessidade de preparar os enxovais, mobiliar a casa, entre outras tarefas comuns aos nubentes, justificam ser ainda muito cedo para optarem pelo matrimônio. O casal sabe que deverá abdicar de coisas comuns à vida de solteiro, as quais lhes possam parecer insubstituíveis.
Algumas pessoas têm a imagem do casamento como uma prisão, mas, diferentemente disso, nesse novo estado de vida, apenas não cabem alguns dos antigos hábitos. Contudo, vale lembrar que a vida de quem opta pela experiência conjugal não se congela no tempo simplesmente pelo fato de se estar casado. Uma vez casado, uma nova perspectiva se abre para o jovem casal, agora, entrelaçando seus interesses, partilhando responsabilidades e abrindo-se ao aprendizado do convívio a dois.
Ao fazermos nossas escolhas assumimos as responsabilidadesvislumbrando algum tipo de compensação pelo esforço empreendido. É muito desagradável para alguns casais de namorados perceberem que, mesmo depois de anos, levam o namoro como se os constantes desentendimentos fossem normais; vivem como se suportassem um ao outro em meio às brigas e discussões e qualquer situação pode ser motivo para mais uma crise. Outros continuam com o namoro somente pelo fato de estarem vivendo por muitos anos o relacionamento. Quando questionados sobre o assunto, dizem estar apenas acostumados com a companhia do outro. Entretanto, por maior que possa ser a intimidade no namoro existente entre esses casais, ainda assim não estão convencidos de dar um passo mais sério.
Seria difícil imaginar um futuro promissor com alguém que não se empenha em romper com o mau humor, cujo negativismo, a baixa autoestima e a dificuldade em se fazer afável a outros estão sempre à mostra. Qualquer uma dessas características faz com que até mesmo os amigos se distanciem de alguém assim. Se tais comportamentos não conseguem manter os amigos, tampouco poderiam convencer o(a) namorado(a) de que essa pessoa é um bom partido. Ao ponderar essas dificuldades presentes no relacionamento, que vantagens o casal poderia prever para o futuro do namoro a ponto de assumir o compromisso da vida conjugal?
Esses exemplos, entre outros, podem ser um sinal para os namorados avaliarem se o esforço empreendido ao longo desse convívio tem sido compensador até mesmo para continuar o namoro. Por essa razão, os namorados precisam viver esse tempo com muita dedicação e estar atentos a tudo que não favoreça o crescimento do casal.
Antes que o namoro venha a celebrar bodas, melhor seria que os namorados – olhando para casamentos que são para eles bons modelos e procurando evitar os erros cometidos por aqueles que foram malsucedidos –, investissem na própria mudança de comportamento, fazendo-se flexíveis às novas exigências de uma vida comum.
Veja tambem: Quando é tempo para noivar?

A luta contra o pecado

Imagem de DestaqueEsse mal nos escraviza e nos separa de Deus
Fazer a vontade de Deus é, antes de tudo, lutar contra os nossos pecados; pois eles nos escravizam e nos separam de Deus. O Catecismo da Igreja Católica (CIC) nos mostra toda a gravidade do pecado:
"Aos olhos da fé, nenhum mal é mais grave do que o pecado, e nada tem consequências piores para os próprios pecadores, para a Igreja e para o mundo inteiro" (CIC § 1488).
São palavras fortíssimas que mostram que não há nada pior do que o pecado. Por outro lado, o Catecismo afirma que ele é uma realidade.
O pecado está presente na história dos homens. Tudo o que há de mau na história do mundo é consequência do pecado, que começou com Adão e que continua hoje com seus filhos.
Toda a razão de ser da Encarnação do Verbo foi para destruir, na Sua carne, a escravidão do pecado.
O demônio escraviza a humanidade com a corrente do pecado. Jesus veio exatamente para quebrar essa corrente. Com a Sua Morte e Ressurreição triunfante, Cristo nos libertou das cadeias do pecado e, pela Sua graça, podemos agora viver uma nova vida. São João deixa bem claro na sua carta:
"Sabeis que Ele se manifestou para tirar os pecados" (1Jo 3,5). "Para isto é que o Filho de Deus se manifestou, para destruir as obras do diabo" (1 Jo 3,8).
Essa "obra do diabo" é exatamente o pecado, que nos separa da intimidade e da comunhão com Deus, e nos rouba a vida bem aventurada.
Com a sua morte e ressurreição triunfante, Jesus nos libertou das cadeias do pecado e, pela sua graça podemos agora viver uma nova vida. É o que São Paulo ensina na carta aos colossences:
"Se, pois, ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus" (Col 3,1).
Aos romanos ele garante: "Já não pesa mais condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus. A Lei do Espírito da vida em Cristo Jesus te libertou da lei do pecado e da morte" (Rm 8,1).
Aos gálatas o Apóstolo diz: "É para a liberdade que Cristo nos libertou. Permanecei firmes, portanto, e não vos deixeis prender de novo ao jugo da escravidão" (Gl 5,1).
Assim como a missão de Cristo foi libertar o homem do pecado, a missão da Igreja, que é o Corpo místico do Senhor, a Sua continuação na história, é também a de libertar a humanidade do pecado e levá-la à santificação. Fora disso a Igreja se esvazia e não cumpre a missão dada pelo Senhor.
A salvação se dá pelo perdão dos pecados; e já que "só Deus pode perdoar os pecados" (cf. Mc 2, 7), Ele enviou o Seu Filho para salvar o povo d'Ele dos seus pecados. Por tudo isso, o mais importante para o cristão é a luta contra o pecado; se preciso for "chegar até o sangue na luta contra o pecado" (cf. Hb12,4).

quinta-feira, 20 de maio de 2010


Escolhas...
Nossa vida é feita de escolhas. Deus nos deu o livre arbítrio para que pudéssemos crescer, como humanos que somos. Erros sempre existirão, mas aquele que se redimir e pedir perdão poderá provar da infinita misericórdia de um Deus que se fez homem para nos salvar. Mas, afinal, que escolhas temos feito?

Em João 4,23 diz que 'Eis que é chegada a hora, e os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em Espírito e em verdade'. E diz mais: 'estes são os adoradores que o Pai procura'. Temos adorado em verdade, ou apenas por um rito ou obrigação?

Aqueles que realmente abrirem seus corações a Deus em oração poderão provar as maravilhas de um contato direto com Ele, ouvir suas palavras diretamente em seus corações. Aqueles que não abrierem, realmente serão fatigados pelo cansaço, se desesperando para que aqueles preciosos minutos se acabem, para poderem retornar para casa, numa atitude egoísta e de desprezo por momentos tão sublimes e especiais.

Neste momento, faça uma escolha certa! Olhe para dentro do seu coração e sinta o chamado à adoração. Por quantas vezes um amigo te chamou e você sempre tem as desculpas prontas para não ir adorar o Senhor? Por outro lado, ao ser chamado para uma festa, passeio, roda de conversa, você esteve prontamente diposto?

Sobre estas escolhas que falo! Feliz quem tem amigos que convidam para festas, passeios, rodas de conversa! Mais felizes ainda são os que te chamam para experimentar o infinito amor de Deus e partilhar com você as bênçãos e graças que o Senhor derrama! Felizes aqueles que têm amigos que realmente são anjos intercessores aqui na Terra.

Para finalizar, uma frase bem conhecida: Quer saber quantos amigos tens? Dê uma festa! Quer saber a qualidade deles? Esteja doente ou precisando de oração. Felizes aqueles que tem amigos adoradores de Cristo!

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Homem: ser necessário



Na história do itinerário: “Caminho do amor”, percebemos que as
pessoas, por mais desejo que tenham de ser santas, de perdoar, de ser
pacientes, de ser tolerantes e de ter autodomínio, muitas vezes,  têm
dificuldade de se sentir amadas por Deus.  Percebemos as feridas da
humanidade. Assim, falamos para que cada pessoa escrevesse a sua
história de vida. Mas, isso não bastava para viver em Deus, pois, o
autoconhecimento estava faltando para a humanidade. 


Nossa
equipe de Fortaleza (CE) pensou em um modo de fazer as pessoas se
descobrirem e se colocarem em oração. Não se iluda machando que estes
dias irão trazer a você o autoconhecimento, pois quem o conhece é Deus,
Ele o faz se conhecer. 


O homem é um ser necessitado, Santa
Teresa Benedita da Cruz nos diz que é mais fácil deixar se pregar com
Cristo na cruz do que se tornar, com Ele, uma criancinha balbuciante.
Achamos que somos senhores da vida e da morte. Hoje, a figura do homem
e da mulher ideal é a aquela pessoa que não erra, que não precisa de
ninguém: é o autossuficiente. Como se diz aqui no Brasil: “O nariz
empinado”. 


Vim do Chile, que vem sofrendo muitos terremotos.
Nos dias em que estive lá, fiquei olhando aquele povo organizado e
rico. Você não vê uma folha seca no chão, não vê mendigos,
necessitados. Mas vê um povo inteiro dizendo: "Não tem problema, iremos
construir um novo país!". Nesse encontro eles perceberam que Deus não
os estava castigando com os terremotos, mas sim lhes dizendo: "Eu sou o
Deus Todo-poderoso".


"Eu tenho que ser sucesso, ser admirado,
ser venerado" é a mentalidade atual. Se você está rezando para que
alguém mude, saiba que quem precisa mudar é você. Temos dificuldade de
enxergar o nada que somos, tirados do pó; o homem é um ser limitado. 


Alguém
vai morrer? Eu não! Irei viver eternamente! As pessoas que vivem em
Jesus Cristo viverão eternamente. Se você não gosta de si próprio, terá
de viver mesmo assim na eternidade. Somos limitados no que vemos,
porém, o Senhor Jesus, com Sua cruz, nos liberta e nos salva para a
vida eterna.


Nossos limites não estão não só no corpo, mas na
inteligência. Não sabemos todas as línguas, somos limitados na
inteligência, na percepção, no metabolismo, nas nossas razões e nas
conclusões. Somos maravilhosamente limitados e precisamos aceitar isso, pois só Deus é Deus.
Agradeça ao Senhor por ser fraco, limitado, por não ser Deus, por ter
limites e ter a sabedoria de viver de acordo com eles. Eu não sou um
super-homem, uma supermulher e a minha preocupação nesta vida é estar
com Deus. 


Os antropólogos fazem listas sobre a maior das
necessidades do homem: Alguns dizem que é a liberdade; outros que é a
água; alguns que é a comida e outros que é a pertença. Destas quatro,
qual é a maior necessidade do homem?


Fizeram uma experiência
com algumas mulheres de Ruanda, muitas mães foram tiradas de seus
filhos. Todos estavam em meio à guerra, escolheram algumas mulheres
para dar três refeições por dia. E perguntaram a elas: “Vocês preferem
escolher os filhos de volta ou fazer as três refeições?” As mulheres se
reuniram e resolveram que deveriam dar a comida aos filhos.




Muitas experiências têm mostrado que a maior necessidade deste homem
limitado e fraco, de acordo com pesquisas antropológicas, é amar e não
ser amado. Os teólogos dizem: É ser amado por Deus e amá-Lo em
retribuição aos irmãos (cf. João15, 13). Este homem que se acha "o
máximo", que é profundamente limitado e não consegue ver o seu limite,
pois foi criado como super-homem, até descobrir que o amor de Deus é
amar.


Encontrei o amor de Deus três vezes: Quando fiz o
Cursinho da Cristandade e pouco tempo depois no batismo do Espírito
Santo, mas, nenhuma foi capaz de me transformar tanto quando cheguei
diante do Senhor e disse: "Olha, Senhor, como sou incapaz de fazer
coisas sozinha... Incapaz de ajudar a Comunidade Shalom. Olha meu
pecado". O Senhor, naquele momento, me deu uma certeza profunda do Seu
amor por mim. Nunca me senti tão amada por Deus quando me senti fraca,
limitada, sem saúde... Dessa forma, senti a Misericórdia Divina, que
age para nos libertar do pecado. Ele é misericordioso, pois não exige
que eu seja perfeita. 


Podemos dizer, a grosso modo, que existem três tipos de amor:


Primeiro:
É aquele que "ama por causa de". Um exemplo: "Estou apaixonada, ele é
inteligente, bonito... Quando completamos um ano de namoro, ele veio me
buscar com uma Ferrari para chegarmos até o jatinho particular. Fomos
para a Torre Eiffel, ainda sinto aquele gosto de vinho francês".


Segundo:
É aquele que "ama apesar de", ela descobriu o amor apesar do que a
pessoa é. "Estou apaixonada, ele é lindo, tem 1,20m, as canelas tortas,
de cabelo espetado, não tem um tostão, terminou a 5ª série, pois seu
pai era prefeito. Quando completamos um ano de namoro, ele me ligou do
telefone público, a cobrar, e disse: 'Meu bem! Já te pego, me espera na
calçada, vamos de bicicleta, mas ela não tem freio'. Ele me levou a uma
padaria, comprou um pão carioca e o dividiu, me deu uma caixinha com
chiclete azul, que mascamos no início do namoro. Ele o guardou no
congelador, o colocou na boca e depois me passou. Que lindo!". É aquele
amor que ocorre com pais de filhos deficientes, de marido alcoólatra,
de filho drogado.


Terceiro: Quando Jesus nos
diz para sermos perfeitos como o Pai é perfeito significa: tenham
entranhas de mãe, entranhas da misericórdia!  Vou contar-lhes uma
história real: "Uma senhora chamada Luiza estava em um encontro. Neste,
eu disse: "Quem aqui tem este amor de misericórdia? O amor do Deus, que
me amou enquanto pecador, na condição de pecador. Deus não ama você na
perfeição, Ele o ama no estado de pecador". Perguntei a ela: "Como você
ama?" Este amor que ama exatamente porque o outro precisa, como o amor
de Deus, que não espera nada em troca. Este amor é a maior necessidade
do homem, esse amor para o qual  todos fomos criados. Pois fomos
criados por Deus para ser amados. "Eu não vim para os justos, mas, para
os pecadores", afirma Jesus. 


Quem se acha "o máximo" é o "cão" [maligno], por isso foi jogado no inferno.




Luiza me contou: "Sou casada há 16 anos, quando tinha cinco meses de
casamento descobri que meu marido era diferente do que pensava.
Procurei um padre e este me disse que meu casamento era nulo. Falei ao
meu marido que nosso casamento era nulo, que entraríamos num processo
[requerendo a nulidade]. Mas, ele me disse: "Não me abandone! Não me
deixe! Você dá o sentido à minha vida". Ela ficou louca e fez um retiro
com um jesuíta durante três dias. No fim do encontro, ela declarou:
"Não posso deixar o meu marido". 


Agora vou mostrar a você um
amor evangélico, um recado: "Querida mamãe, agradeço pelos quinze anos
de vida, pois, através deste amor pude viver".


Esta primeira
história não dará certo, porque está buscando a satisfação momentânea;
com o passar do tempo aparecerão as rugas e ocorrerá o divórcio, por
ser totalmente humana. Na segunda história o fruto desse amor vai durar
um tempo, talvez a vida toda. Ela ficará angustiada, com depressão, é
um relacionamento humano e divino. A terceira é a eternidade, pois Deus
nos colocou aqui para amar o próximo; esse é o amor de Jesus na cruz.


Deus
nos diz quando dizemos que o outro não presta, que, na verdade, quem
não presta somos nós. Quando acho que o outro está errado, quem está
errado sou eu. Por isso não posso cantar "Você não presta, mas eu te
amo". Jesus, na  Eucaristia, nos diz: "Você não 'presta', mas eu te
amo", justamente porque você peca e é limitado Ele deu a vida por você.




Primeiro, todo homem é um ser limitado, só Deus é perfeito e
ilimitado. Ele não nos rejeita, nas nossas limitações, Ele veio para
nós, nos amou enquanto pecadores. Quando você se coloca diante de Jesus
queira enxergar o seu limite, seu pecado. Diga: "Senhor Jesus Cristo,
tem piedade de mim, isso porque sou pecador". 
de emmi nogueira